«Quando uma criança vê, pela primeira vez, os adultos tais como são, quando, pela primeira vez, lhe penetra na cabeça a ideia de que os adultos não têm uma inteligência divina, de que os seus juízos nem sempre são acertados, as ideias boas, as frases correctas, todo o seu mundo desaba e dá lugar a um caos aterrador. Os ídolos caem e a segurança desaparece. E quando um ídolo cai, não é só em parte, fica completamente esmagado e estilhaçado ou desaparece sob um monte de estrume. Torna-se, então, difícil reconstituí-lo e, mesmo que o voltem a colocar no pedestal, ficam sempre manchas inapagáveis que denunciam a queda passada. E o mundo da criança já não está intacto. Penosamente, ir-se-á arrastando até ao estado de homem...»
[John Steinbeck, A Leste do Paraíso]
E quando é que o processo acaba?!
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