sei
que a alma se ajeitou
tomou a voz nas mãos
rodopiou no peito
e fez-se ouvir no ar
e eu
fechei meus olhos
tristes só por querer
cantar, cantar
e uma voz me canta assim baixinho
e uma voz me encanta assim baixinho
sou do fado
sou do fado
eu sou fadista
sei
que o ser se dá assim
às margens onde o canto
recolhe em seu regaço
as almas num só fado
e eu
prendi-me à voz
como a guitarra ao seu
trinado, trinado
(...)
[ana moura / sou do fado, sou fadista]
*
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