11.2.13

d42

"Sendo a mais velha cidade viva do mundo, não há lugar algum que se compare com Varanasi. Situada numa curva do Rio Ganges, está repleta de uma fé tão intensa que até os cépticos se tornam religiosos enquanto lá estão.
No meio do caos do trânsito – um sistema de razias incrivelmente apertadas – e do comércio ininterrupto de bens e serviços, em pequenas lojas ou baias – que se mantém humano enquanto a Tesco se mantiver ausente – a poderosa convicção que conduz e sustenta o fervor religioso aqui tem a ver com a reencarnação. Se morrermos em Varanasi, atingimos instantaneamente a "moksha", a libertação. Ver Varanasi e morrer com o alívio de não ter que enfrentar mais renascimentos."
{Laurence Freeman OSB}

Hoje acordei antes do Sol, na verdade nem sei se cheguei a dormir.
Ele está doente e passámos a noite quase toda em claro até decidirmos ir para o hospital já de madrugada.
Estes dias de jet lag são tão esquisitos, parece que só a metade de mim é que está cá!
Em Varanasi vimos o Sol nascer e saudámo-lo do Ganges de dentro de um barquinho. Foi um verdadeiro "surya namaskar" {que significa "saudação ao sol" em sânscrito}.
Gostei tanto de Varanasi, fiquei mesmo impressionada. Quando li estas palavras do P. Laurence fiquei comovida.
É tão bom quando nos sentimos acompanhados nos nossos sentimentos!

Hoje foi um dia de muita espera, muitas dores e agonias, muitos médicos, muita leitura em salas de espera, muito trabalho, muito ânimo e muita esperança.
Nem me lembro que é Carnaval pois anseio pela Quaresma, pelas oportunidades que vou ter de me aproximar mais da verdade e do amor, pelas reflexões que me vão ser propostas nos grupos a que pertenço, pelas intenções que posso pôr e talvez dispor, pois o essencial é ir, gradualmente, gratuitamente e com entrega.

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