4.3.13

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{fonte da imagem}

"Algumas coisas estão guardadas fundo demais para poderem revelar-se em lágrimas. A tristeza que corporizam está para além de qualquer explicação fácil e desafia as soluções simples. (...)
Num mosteiro budista, nos arredores de Banguecoque, muitos dos monges são antigos participantes num programa de reabilitação de dependentes de drogas que aí tem funcionado nos últimos quarenta anos. (...)
Nos olhos de um ruivo jovem irlandês. podíamos ver esta estranha combinação de desespero e de esperança em bruto a que apenas o desespero pode dar origem. (...)
Ele tinha perguntado aos monges se o podiam ajudar e a resposta tinha sido "não". Só ele se podia ajudar a si próprio, mas eles poderiam criar as condições para que isso pudesse acontecer. (...)
Os monges não são "profissionais", mas são experientes, sensatos e desapegados. Eles vivem a sua própria vida em redor do ritmo do centro de reabilitação – desintoxicação, aconselhamento, meditação, trabalho, música, arte. (...)
Esta vida calma e cheia de autoconfiança tece aquilo a que deveremos chamar uma dimensão espiritual em torno dos seus hóspedes transitórios e desesperados. Ela abre-os para esta dimensão dentro deles mesmos e, aí, eles poderão encontrar, em vez da sua horrível tristeza, uma alegria que reside fundo demais para expressar por lágrimas."
{Laurence Freeman OSB}

Acredito que transformar a tristeza em alegria é um processo interior. Claro que ajuda que as coisas nos corram de feição, mas isso não acontece sempre nem para sempre.
"Toda a gente tem problemas" é uma lei tão verdadeira como a da Gravidade, por isso mais vale ser como a formiguinha e acumular energia no bom tempo para sobreviver ao Inverno {que está quase, quase a acabar!}.

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